O Estudo para o relançamento da fileira do algodão têxtil na Guiné Bissau aspira uma nova etapa que proporcione a revitalização do setor no país.
Tendo por objectivo contribuir para a luta contra a pobreza nas regiões com potencial produtivo de algodão na Guiné-Bissau, o presente Estudo visa apoiar a concretização de uma das prioridades do Governo guineense, a de estimular a diversificação na produção agrícola.
Com uma economia centrada na produção e exportação da castanha do cajú e onde o sector primário representa praticamente metade do PIB do país, pretende-se que a cultura do algodão na Guiné Bissau se volte a assumir como uma importante cultura de renda para os agricultores no norte do país.
Sendo a principal cultura de rendimento na áfrica subsaariana, o algodão ocupa cerca de 10 milhões de pessoas que dela extraem rendimento. A cadeia de valor que lhe está associada contribui de forma significativa para a criação de emprego, para o comércio, prestação de serviços de crédito, assim como para a alimentação de pessoas e gado tendo também, em alguns destes países, um papel fundamental na geração de divisas.
Contudo, ao longo das últimas décadas, tem-se vindo a assinalar na áfrica ocidental uma diminuição muito significativa do número de fábricas de algodão em laboração. Este decréscimo resulta, por um lado, dos elevados custos de exploração que lhes estão associados e, por outro, da crescente concorrência do vestuário importado.
O Estudo irá centrar-se nas 3 principais zonas produtoras de algodão do território – Gabú, Bafatá e Oio. Com base na elaboração de um Diagnóstico participativo e aprofundado dos atuais níveis de produção e principais actores do setor (incluindo um estudo de benchmarking para identificação das melhores práticas na produção e indústria do algodão, nomeadamente no contexto da África ocidental e central), será desenhado um Programa de relançamento da fileira nacional e o seu respectivo Plano de Ação.
O estudo terá como principais elementos de análise:
Com financiamento do Banco Africano para o Desenvolvimento e com uma duração prevista de seis meses, o Estudo será realizado para o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural por um consórcio internacional liderado pela CESO, em associação com a EXPERTISE e o CIRAD.
Agosto de 2018.
Créditos fotográficos: Maria Esperança (2018)