Os países da América Latina e das Caraíbas estão a investir na prevenção de incêndios florestais, colaborando com peritos da União Europeia. O intercâmbio de conhecimento e de boas práticas está no centro deste projecto, que já teve a sua segunda reunião em Julho, em Santiago do Chile. Os países da América Latina e das Caraíbas estão a investir na prevenção de incêndios florestais, colaborando com peritos da União Europeia. O intercâmbio de conhecimento e de boas práticas está no centro deste projecto, que já teve a sua segunda reunião em Julho, em Santiago do Chile.

Em Julho passado teve lugar em Santiago do Chile a segunda reunião de peritos em incêndios florestais da União Europeia (UE) e de vários países da América Latina. O objectivo do evento foi fomentar uma relação bilateral mais estreita e planear acções futuras para reforçar a colaboração entre a UE e a região, nesta área de especialização.

O 2º GEFF LAC reuniu, pela primeira vez ao vivo, durante dois dias e contou com a participação de gestores de incêndios dos ministérios e agências relevantes. O evento permitiu a partilha das lições aprendidas de cada país sobre métodos de gestão de incêndios e a expansão da rede latino-americana.

A União Europeia, os países da América Latina e as Caraíbas estão em estreita colaboração através da iniciativa "Apoio à Gestão de Incêndios na América Latina e nas Caraíbas" no âmbito do projeto EU-LAC Policy Dialogue Support Mechanism, implementado pelo Consórcio liderado pela CESO.

O objetivo da iniciativa é a partilha de conhecimento de modo a melhorar as capacidades nacionais para combater este tipo de incêndios e preveni-los numa perspetiva regional, apoiando-se nas melhores práticas do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS) e do Grupo Europeu sobre Incêndios Florestais (EGFF).

A UE recomenda investimento na prevenção

A crise climática e as mudanças no uso do solo serão os principais causadores de incêndios em todo o mundo, afirma o último relatório do Programa das Nações Unidas para o Ambiente. O estudo revela que os incêndios irão aumentar em 50% até 2100 e apela a uma mudança radical na forma como os governos estão a lidar com a prevenção de catástrofes naturais.

O relatório alerta para a necessidade de mais investimento na redução do risco de incêndio, através do trabalho com as comunidades locais e do reforço com o compromisso global de combater as alterações climáticas.

Neste sentido, esta iniciativa no LAC está alinhada com as recomendações da UE e poderá conduzir a ações estratégicas para minimizar o impacto dos incêndios florestais na região e melhorar as políticas de combate aos incêndios a nível nacional e regional.

Agosto 2022